"Hoje não..."
Será possível?
Não pode ser possível...
Não! Eu não aceito!
Não aceito que me apontem o dedo,
que duvidem da minha palavra,
não voltarei a contorcer me na cama...
NÃO!
Eu não vou viver este pesadelo,
sufoco na cama sozinho,
embrulhado em lençóis... quase que os rasgo,
pois parecem colar se na minha pele suada pelo calor desta febre que me atormenta a alma,
hoje não foi um dia normal,
havia um cheiro a tristeza no ar,
nem o sol brilhava da mesma maneira,
e senti me frio,
pisei o chão e estava frio...
tentei respirar e o ar estava frio...
Não parece primavera...
Hoje não foi um dia como os outros,
hoje sou apenas a ponta do cigarro,
o resto de um todo,
estou a pairar sobre mim mesmo,
à espera de saber se devo ou não cair,
de saber se tudo não passava de uma ilusão.
Hoje não é um dia como os outros...
Deixaram me vazio,
pois apenas sobrou a noite...
e as lágrimas secas na almofada...
não sei que mais posso dizer...
perdi as forças
estou à espera do sono...
deitado no chão
ansiando que amanhã não seja tarde de mais.
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