Sonhos incertos
E ali estava ele, deitado na cama, imóvel,
perdeu a noção do tempo do espaço,
aquele quarto tornou-se num vazio,
e ali estava ele perdido nos seus pensamentos,
perdido na sua própria cabeça...
Fechou os olhos e chorou,
chororu num sofrimento mudo,
chrorou sem ter motivo e por ter todos os motivos do mundo,
chrorou por sonhar mais e acreditar,
chrorou por sentir que o seu mundo desabava,
e de repente a cama deixou de lá estar
e caiu...
Caiu num abismo sem fim,
sentiu o vento,
ouviu o silêncio do tempo,
sentiu o sangue a pulsar-lhe pelo corpo e abriu os olhos,
ao fazê-lo descobriu que estava deitado num vasto campo de flores de múltiplas cores
como os campos de tulipas na Holanda,
sentou-se atordoado com as pernas cruzadas e contemplou o infinito à sua volta,
sentiu o cheiro das flores,
apreciou os sons do vento e da própria natureza que o rodeava.
Levantou-se a medo e caminhou,
e ao fazê-lo..
um caminho abriu-se à sua frente,
e podia escutar à sua volta os sons de vozes familiares que o encorajavam a continuar a caminhar,
e assim o fez,
andou,
correu de braços abertos sem destino
sem objectivo certo,
mas sabendo que não poderia parar,
não queria parar.
Pode parecer mentira,
mas nós somos o sitio que nos faz falta,
pode parecer mentira mas devemos continuar a acreditar quando parece que toda a esperança está perdida,
porque o amanhã é outro dia,
o amanhã pode ser o começo da tua vida.
AMA,
SENTE,
NÃO PERCAS TEMPO.
Torna-te eterno
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