Pedido mudo

Pedidos mudos... 
Vozes do pensamento inconscientemente consciente da nossa própria existência dormente de medo, de perguntas... impasses...
Por vezes vivemos consumidos nos nossos próprios medos...
 perdidos sem rumo numa confusão de sentimentos e pensamentos,
 que nos enchem e preenchem...
 vieste sem aviso como uma voz que me era familiar...
 Não sei explicar o que senti... ao te ver ali sem me veres...
 algo dentro de mim doeu,
 a minha cabeça pesou,
 o meu inconsciente falou...
 Tenho este mal disfarçado de bem,
 no que toca ao coração não sei controlar o que sinto,
 o que digo...
É o que dizem nos contos de criança...
 falar com o coração...
 E mesmo hoje no meio destas minhas paredes me desgasto,
 esbarro em esquinas que me fecham me magoam...
 são as sombras dos medos de alguém que arrancou algo que pensava ser meu incondicionalmente...
 naquele dia vazio levaste nas tuas mãos um pedaço do meu peito,
 desde esse dia tudo foi diferente,
 foi como reconstruir o castelo em ruínas do meu ser,
 e triunfei, venci, batalhei,
 lutei por brilhar e ser o calor do sol que tenho dentro de mim.
 E a verdade é que cresci bastante nestes anos em que existiu toda esta ausência cá dentro,
 naveguei pela vida um pouco sem rumo por vezes,
 mas a maré  encaminhou me em bons ventos,
 hoje tenho muito orgulho naquilo que conquistei e que vou conquistando por mim,
 é bom sentir esta sede de conhecer o mundo,
 de voar mais alto do que alguma vez voei,
 tentar alcançar aquilo que nos preenche e dá sentido à nossa existência.
 Estou aqui... de braços abertos?
 Talvez... um pouco assustado reticente,
 e perdoa me por assim o ser, mas não existe outra maneira...
 Preenche me num enlaço que não me dê medo,
 que me transmita calma,
 faz me atracar no teu cais,
 deixa me sentir a calma...

Comentários

Nuno CasaNova disse…
Por vezes, os medos são as paredas são as moralhas mais díficeis de destronar, tudo porque são barras mágicas, cheias de truques e jogos complexos e sentimentas.

Não tenhas medo de que alguém apareça para te destruir barreiras, para que possa entrar dentro do teu universo, mesmo achando que esse universo é tão minusculo quanto as paredes desse quarto.

Não deixes que a esquina se torne um beco, nem deixas que as sombras se tornem escuridão.

-NunoCasaNova
Anônimo disse…
Ignorando a realidade poética já que esta parece-me muito real: se conquistaste a vida já depois de alguém te ter arrancado o peito, então não penses mais nesse alguém. O teu blogue é pouco escuro...
Fernando
(fernando_coutinho@live.com.pt)

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